da Efe
A nova condição do Brasil como potência do petróleo tem sido reconhecida internacionalmente e o país foi convidado para se juntar ao Irã na Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), afirmou hoje o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Segundo ele, sua presença como convidado em reunião da Opep, na Arábia Saudita, é "recebido com homenagens, porque eles estão confiantes que o Brasil será um dos maiores produtores do mundo," disse Lobão.
Mais tarde, acrescentou Lobão, em uma visita ao Brasil, o ministro da Energia do Irã, "convidou o Brasil a aderir à Opep. "Está na consciência deles que o Brasil vai avançar em produção de petróleo, no crescimento econômico e o desenvolvimento social", disse ele.
Lobão acompanhou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia que marcou o início da produção na camada pré-sal, no Espírito Santo.
"O Brasil já exporta gasolina, óleo e vai exportar mais em breve", afirmou Lobão. Ele salientou que a Petrobras já está presente em 27 países, desde o México até o Irã, em trabalho de exploração, produção e comercialização de hidrocarbonetos.
O tema do Brasil e da Opep ganhou espaço há poucos meses quando foram confirmados depósitos em profundidades que, segundo a Petrobras, nunca antes alcançados, embora geólogos independentes afirmem que, no golfo do México, empresas extraíram em condições similares.
No entanto, Lula e seus ministros salientaram hoje que o Brasil não quer ser um exportador de petróleo bruto, mas combustível e, portanto, está investindo na modernização de suas refinarias e de construção de novas unidades capazes de produzir combustíveis de alta qualidade para atender os rigorosos critérios internacionais.
Recentemente o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, sublinhou que a Opep é uma associação de países exportadores de petróleo, e não combustível, assim, a entrada do Brasil ficaria inviabilizada, mas deixou claro que esta seria uma decisão do governo.
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quarta-feira, setembro 17, 2008
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