segunda-feira, dezembro 31, 2007

Táxis rosa contra os piratas

Uma companhia de transporte para mulheres conquista as ruas de Moscou

Rodrigo Fernández

Nas ruas de Moscou se usa cor-de-rosa desde a última primavera. É a cor que distingue os veículos de uma nova empresa de táxis conduzidos por mulheres para atender a mulheres. Os táxis cor-de-rosa são uma nova alternativa de transporte para as moscovitas, que estavam cansadas da grosseria de certos taxistas homens ou assustadas ao ver as reportagens de violações e roubos noturnos. A criadora do serviço, Olga Fomina, 34, se inspirou na idéia dos táxis rosa que existem em cidades como Londres e Tóquio.

Pegar um táxi na Rússia pode representar mais riscos do que em outras partes do mundo, já que normalmente não são táxis oficiais, mas veículos de particulares que vivem de corridas ilegais ou que ganham alguns trocados dessa maneira. A maioria dos moscovitas nunca pede táxis por telefone, mas fica nas calçadas esperando os taxistas piratas, com os quais é preciso negociar o preço antes de subir. Há pouca probabilidade de encontrar um táxi amarelo oficial: 1.500 carros são poucos para uma cidade de cerca de 12 milhões de habitantes.

Mas até os táxis oficiais não garantem que as mulheres farão um trajeto sem assédios, grosserias ou piadas escabrosas. Além disso, é bastante comum entre os taxistas moscovitas - oficiais ou não - fumar, colocar a música a todo volume ou cuspir pela janela.

Os táxis rosa, que declararam guerra a esses hábitos, estão fazendo grande sucesso na capital russa e já se estenderam a outras cidades. Todas as motoristas são mulheres, e um homem só pode embarcar se estiver acompanhado de uma mulher. O preço da corrida é um pouco mais alto que o dos táxis normais.

Fomina e algumas amigas que começaram o projeto já têm cerca de 30 veículos em Moscou e atendem de cem a 150 chamadas diárias. Pretendem ampliar o número de carros para cobrir a crescente demanda. Suas clientes ligam a qualquer hora para fazer compras, levar as crianças ao colégio ou sair à noite. Além de Londres, Tóquio e Moscou, também há táxis exclusivos para mulheres em países como Austrália e Dubai.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Visite o site do El País

Obs: Notícia publicada em Julho de 2007.

sábado, dezembro 29, 2007

Festival de cinema de Bagdá...

...tem a paz como principal tema

France Presse

O primeiro grande festival de cinema de Bagdá começou nesta quarta-feira (26) e, até seu encerramento, exibirá 63 curtas que têm como tema central a paz.


"Esperamos que este festival ajude a reconciliação no Iraque e o diálogo entre as sociedades e culturas do país", afirmou Ammar al-Arradi, presidente do comitê de organização.


Arradi inaugurou o festival no Hotel Palestina com a exibição de "Missing Frequency", do cineasta iraquiano Saber Shabbi, que fala da atual situação no país arrasado pela guerra.


Até o dia 29 serão exibidos curtas do Egito, França, Dinamarca, Bélgica, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Marrocos, Cingapura, Filipinas, Kuwait e Qatar. Os organizadores não realizaram o festival no ano passado por causa das precárias condições de segurança em Bagdá.


A indústria cinematográfica iraquiana remonta aos anos 1940 e atingiu sua popularidade nos anos 1970 e 1980. Mas com a Guerra do Golfo de 1991 e as sanções econômicas que se seguiram, os cinemas começaram a sofrer um declínio, que se agravou com a invasão americana em 2003.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Islam e surfe

06 de dezembro, 2007 - 12h40 GMT

Imã usa surfe para falar a jovens muçulmanos; assista


Jovens muçulmanos nascidos e criados na Austrália estão ajudando a mudar a face do islamismo no país.

Haisam Farache é imã na maior mesquita de Sydney e usa o surfe para tentar se comunicar com os mais novos de sua comunidade.

Até agora, a maioria dos líderes espirituais muçulmanos atuando no país era estrangeira, não falava inglês e não entendia o estilo de vida australiano.


Assista à reportagem
(click no link)


Mas analistas islâmicos acreditam que uma nova geração, da qual Farache faz parte, pode ser a melhor maneira de integrar os jovens islâmicos à religião e evitar que eles fiquem vulneráveis a ideais extremistas.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Arquitetura brasileira no mundo árabe

Mesquita de Argel - 1968

"Elaborei uma mesquita colocada sobre o mar, para surpresa de todos, e ligada à costa por um pontão que a circunda e protege dos inconvenientes das ondas. Com essa solução, propus-me a introduzir na Argélia uma arquitetura diferente e mais audaciosa (...) o próprio Boumedienne [presidente da Argélia] declarou com satisfação: "É uma mesquita revolucionária!", ao que me apressei em responder: "A revolução não deve parar", o que o fez sorrir." -- Oscar Niemeyer





Universidade de Constantine, Argélia - 1969

"Por exemplo o plano de Constantine. Era um plano com mais de 20 edifícios. Nós fizemos com 7. Nós fizemos um prédio com 300m de comprimento, que é o bâtiment de classe, fizemos o outro de ciências, com 300 m., fizemos a biblioteca, fizemos o auditório, e fizemos a direção. Então nós instituímos lá, o que Darcy aqui há tempo propunha: era uma universidade mais livre, mais flexível, que pudesse acompanhar melhor as tendências dos estudantes." -- Oscar Niemeyer



domingo, dezembro 02, 2007

Doce mesquita...

Adek Berry /AFP -- 27/09/2007

Réplica gigante de uma mesquita foi feita com 150 quilos de chocolate. A mesquita original está na cidade de Meca, na Arábia Saudita, e a cópia foi feita em comemoração ao mês do Ramadã