domingo, julho 15, 2007

Livro "O Islã Clássico"


Sinopse
Se considerarmos a importância de vencer a lacuna cultural que, no Brasil, tem marcado nossa ignorância sobre o mundo árabe, este livro é um marco decisivo ao romper o silêncio e deixar que ouçamos as vozes da cultura islâmica. De seus múltiplos aspectos, destacamos três que nos parecem dos mais relevantes neste belo livro. Graças à sua estrutura interdisciplinar e à organização comparativa dos ensaios, torna manifesta a particularidade da língua e da literatura, da história e do direito, das práticas e do pensamento árabes, e, simultaneamente, revela sua universalidade, responsável por seu papel cabal na formação do pensamento judaico e cristão e, portanto, na constituição da cultura do Ocidente. Ao fazê-lo, ressalta o segundo aspecto, qual seja, seu significado político, pois nosso desconhecimento do modo de ser e viver, de dizer e pensar próprio da cultura islâmica nos torna presas fáceis dos interesses de uma ideologia que transforma os árabes em fanáticos religiosos, terroristas inimigos da paz e da liberdade. Deixamo-nos persuadir pela imagem do bárbaro, figuração malévola do Outro como aquele que põe em perigo nossa identidade e contra o qual é preciso defender-se.


O ISLÃ CLÁSSICO
ROSALIE HELENA DE SOUZA PEREIRA

ISBN: 9788527307789
Editora: PERSPECTIVA
Número de páginas: 872
Encadernação: Brochura
Edição: 2007

Pesquisa de preço:
http://www.bondfaro.com.br/

Mostra de arte islâmica em Londres

13/07/2007 - 18h16

Londres inaugura mostra de arte islâmica de coleção privada neste sábado


da France Presse, em Londres

Londres se prepara para abrir ao público uma das maiores mostras nos últimos tempos de uma coleção privada de arte islâmica. Com direito a discursos do Príncipe Chalers e do Aga Khan, a exposição traz objetos reunidos pela Aga Khan Development Network. O título de Aga Khan é hereditário e é uma espécie de líder espiritual e geral do Islã.

A exibição, a ser aberta ao público neste sábado (14) no Centro Ismaili, a alguns passos do Museu Nacional britânico de Arte e Desenho (Victoria and Albert Museum), inclui pergaminhos do Corão, cerâmica, jóias, tecidos e poemas compostos entre os séculos 8 e 9 em uma região ampliada do sul da Espanha passando pela China e a Indonésia. Ao total, são 165 itens de arte islâmica.

"A arte e a cultura nos falam além das divisões sectárias. Se um objeto é belo, não precisa ser rotulado, não deve ser visto em primeiro lugar se cristão, hebreu ou muçulmano, ou se faz parte da tradição xiita ou sunita", disse Alnoor J. Merchant, curador da exposição.

"A linguagem da arte supera todas as fronteiras", afirmou o curador da mostra intitulada "Spirit & Life" (Espírito e Vida, em tradução livre).

"A poesia e a literatura também são universais, precisando apenas ser traduzidas", disse o curador.

A exposição mostra como o amor erótico, a música e a dança, estiveram sempre muito arraigados no mundo islâmico.

Merchant afirmou que os objetos apresentados na exposição no Centro Ismaili representam apenas entre 15% ou 20% da coleção de Aga Khan --uma das mais importantes coleções privadas da arte islâmica do mundo.

A coleção está armazenada em Londres e Genebra, esperando a inauguração em 2010 de um museu em Toronto, no Canadá, que está sendo construído para acolhê-la de forma permanente.

Arte islâmica medieval

Arte islâmica medieval usava matemática moderna, diz estudo

Um estudo mostrou que alguns dos padrões geométricos da arte islâmica medieval usam princípios estabelecidos séculos depois por matemáticos modernos.


O design islâmico que usa polígonos e estrelas foi ficando cada vez mais sofisticado

Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram exemplos de arte islâmica do século 15 que usam conceitos da geometria moderna. A descoberta foi publicada na revista científica Science.

Este fato indicaria a compreensão intuitiva de fórmulas matemáticas complexas por parte dos artesãos, mesmo com a falta de conhecimento da teoria que é base para estas fórmulas.

A pesquisa mostra que ocorreu um importante salto evolutivo na matemática islâmica por volta dos anos 1200.

Simetria

"É absolutamente maravilhoso. Eles fizeram azulejos que refletem (conceitos da) matemática tão sofisticados que não descobrimos (estes conceitos) até 20 ou 30 anos atrás", disse Peter Lu, físico da Universidade de Harvard.


Peter Lu se interessou por arte islâmica depois de visita ao Uzbequistão


Os designs islâmicos usam formas poligonais simétricas para criar padrões que poderão ser estendidos infinitamente, ecoando conceitos de geometria moderna.

Até o momento, a visão convencional era que os complicados padrões de estrelas e polígonos usados no design islâmico tinham sido concebidos a partir de linhas em ziguezague traçadas com o uso de compassos e réguas de pedreiro.

"É possível analisar e ver a evolução, o aumento da sofisticação geométrica. Então, eles começavam com padrões simples, que ficavam mais complexos", afirmou Lu.

O físico se interessou pelo assunto durante uma viagem ao Uzbequistão, onde notou em uma construção islâmica do século 16 com azulejos que usavam o padrão decagonal.

Peter Lu, que projeta experimentos físicos para a Estação Espacial Internacional, estava na região para visitar uma instalação espacial no Turcomenistão.

A arte tradicional islâmica usa uma mistura de caligrafia, designs geométricos e florais, pois existe uma proibição da representação da forma humana.