sábado, outubro 14, 2006

1 ano depois



Semana passada, 8 de outubro, o povo paquistanês reuniu-se para lembrar o pior desastre do país: o terremoto que causou a morte de cerca de 73.000 pessoas. Duas semanas após o começo do mês sagrado de Ramadan, as mesquitas encontraram-se mais cheias que o habitual, pois muitos aproveitaram a oportunidade para orar comunitariamente pelos mortos e sobreviventes.

Este dia reviveu meu sofrimento, porque eu perdi muitas pessoas amadas. Que Deus dê coragem para a nossa nova geração reconstruir esta cidade”, afirmou Abdul Rahim, 65, de Muzaffarabad, uma das regiões mais afetadas.

As sirenes marcaram o início do minuto de silêncio em todo país. Realizaram-se pequenos atos religiosos em Balakot, cidade que sofreu a devastação mais intensa. O maior grupo de pessoas reuniu-se numa escola arruinada, onde 63 crianças foram enterradas em sepultura coletiva.

"Hoje não é um dia diferente dos outros, porque não consegui esquecer as cenas terríveis do ano passado", disse Taimur Khan, 22, que voltou a Balakot para rezar nos túmulos dos pais e da irmã.

Também foram realizados serviços de memória em Islamabad para relembrar os mortos nas Torres Margala -- único prédio da capital que caiu. Foi realizada uma vigília durante a noite no local do bloco residencial de dez andares, onde morreram quase 50 pessoas, muitas delas estrangeiros.

Reportagem original de Kamran Haider, Reuters, com adaptações.

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