da Associated Press, em Cabul e Bagdá
Uma operação liderada pelos Estados Unidos que resultou na morte de mais de 90 civis foi baseada em informação falsa providenciada por uma tribo inimiga, informou neste domingo o Ministério do Interior do Afeganistão.
A nota informa ainda que nenhuma das vítimas era integrante do grupo Taleban. A informação inicial veiculada pelo Exército americano era de que a ação havia matado mais de 35 membros do grupo.
A polícia afegã prende três suspeitos acusados de dar aos Estados Unidos a informação falsa que levou ao bombardeio da localidade de Azizabad, segundo o Ministério do Interior do Afeganistão.
"Foi uma pista falsa", disse Humayun Hamidzada, porta-voz do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai.
O bombardeio ocorreu em 22 de agosto e perturbou a relação entre os dois países, mas ambos continuam aliados próximos, segundo Hamidzada.
As cifras de morte de mais de 90 civis --incluindo 60 crianças--, também foram constatadas em um relatório preliminar da ONU (Organização das Nações Unidas).
A operação, conduzida por forças especiais dos Estados Unidos e soldados afegãos, tinha como alvo funcionários afegãos de uma companhia britânica de segurança e seus familiares --razão pela qual os militares dos Estados Unidos recuperaram armas após a batalha.
Os Estados Unidos alegaram que suas forças foram atacadas durante uma missão que buscava e matou um comandante Taleban chamado Mullah Sidiq.
As informações falsas teriam sido providenciadas por um líder tribal rival chamado Nader Tawakil.
Um parlamentar afegão disse que Tawakil está na custódia dos Estados Unidos. A coalizão evitou comentar a afirmação.
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