Argel, 23 jun (EFE) - O ministro de Exteriores Celso Amorim concluiu hoje sua visita oficial de dois dias à Argélia, com a assinatura, com seu homólogo argelino, Mourad Medelci, de seis acordos de cooperação, ao término dos trabalhos da terceira comissão mista entre ambos os países.
Segundo explicaram à EFE fontes do Ministério de Exteriores do Brasil, três dos seis acordos alcançados concernem à agricultura; dois à saúde e outro às pequenas e médias empresas.
No setor agrário e de meio ambiente, os convênios tratam da gestão e vigilância dos ecossistemas florestais; da gestão de água e do solo na zona úmida argelina de Tell Oriental, e do desenvolvimento integral e sustentável da bacia do rio Touil.
Em saúde, os dois acordos concernem à consolidação de um projeto de formação em cirurgia cardíaca pediátrica na Argélia, assim como ao reforço das capacidades dos médicos e técnicos argelinos especialistas no tratamento de vítimas de queimaduras.
O acordo no setor de pequenas e médias empresas permitirá à Argélia beneficiar-se da experiência brasileira em matéria de produção de jóias e de artesanato mineral.
"Queremos uma relação reforçada entre Brasil e Argélia", declarou Amorim ao término dos trabalhos da comissão mista, ressaltando que relações como a de ambos os países são de "grande importância para um mundo mais justo e equilibrado", onde os intercâmbios comerciais estejam de acordo com as necessidades dos povos.
Por sua parte, o chefe da diplomacia argelina afirmou que ambos os países prevêem concluir em breve um acordo global com um calendário e objetivos precisos para passar de "uma cooperação frutífera a uma associação estratégica reforçada".
Medelci anunciou a criação de um grupo de especialistas conjunto para alcançar este objetivo.
Em 2007, o comércio entre Argélia e Brasil superou os US$ 2,4 bilhões, segundo dados da Alfândega argelina.
As exportações argelinas ao Brasil, integradas em mais de 99% por produtos energéticos, alcançaram US$ 1,8 bilhão, enquanto as importações (açúcar, carne, leite e produtos lácteos) se situaram próximo aos US$ 603 milhões.
Amorim -que foi recebido ontem pelo presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika- qualificou as relações bilaterais de "excelentes" e "muito dinâmicas", e destacou que o Brasil e a Argélia "trabalham para alcançar novos tipos de associação".
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