Mecca-Cola quer ser parceira de usina no Brasil
Fabiane Stefano*
A Mecca-Cola, marca de refrigerantes que disputa mercados com as gigantes Coca e Pepsi no mundo árabe, quer fazer uma parceria com uma usina no Brasil. Grande consumidora de açúcar, a Mecca-Cola quer comprar diretamente dos brasileiros o que hoje ela negocia com os traders internacionais. Sediada em Dubai, a empresa comprou no ano passado 150 mil toneladas da commodity. Além do açúcar, o dono da Mecca-Cola, o tunisiano Taoufik Mathlouthi, quer expandir os negócios para a área de energia. "Vivo na terra do petróleo e agora quero investir no petróleo do futuro", diz ele, que pretende negociar etanol no Oriente Médio.
Mathlouthi veio ao Brasil para participar do Sugar Dinner, que aconteceu na semana passada em São Paulo, onde foi paparicado por usineiros e corretoras. É a terceira viagem do empresário ao país. No roteiro, Mathlouthi aproveitou para visitar quatro usinas no interior de São Paulo, entre elas a Colombo. Além da parceria com uma usina, Mathlouthi negocia uma joint-venture com uma empresa engarrafadora de refrigerantes no Rio de Janeiro - possivelmente, a Schincariol. A idéia é usar o Brasil como plataforma para exportações para a América Latina. Criado em 2002, a Mecca-Cola nasceu como uma forma de resistência à política externa americana. Parte dos lucros da empresa patrocinam a causa palestina.
Em tempo: Mathlouthi é dono também da marca Mecca-Coffee, que comercializa café da Costa Rica e Etiópia no Oriente Médio. Ele também está de olho nos grãos brasileiros...
*Fabiane Stefano é repórter de EXAME e escreve sobre o agronegócio
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