segunda-feira, novembro 13, 2006

Brinquedo-bomba

Brinquedo-bomba explode e mata cinco meninas na Caxemira

Islamabad, 10 nov (EFE) - Cinco meninas em idade escolar morreram no vale de Neelam, na parte da Caxemira controlada pelo Paquistão, após a explosão de uma bomba que estava escondida num brinquedo, informaram hoje fontes policiais.


Uma fonte da Polícia de Muzaffarabad, a capital da Caxemira paquistanesa, explicou que as meninas estavam perto do colégio Kel, ontem à tarde, quando descobriram o objeto. Logo depois de começarem a jogar com ele, a bomba explodiu e matou três delas, que eram irmãs.

A mesma fonte disse que as outras duas meninas foram levadas a um hospital próximo, onde morreram hoje.

O vale de Neelam fica a 35 quilômetros de Muzaffarabad.

Segundo a Polícia paquistanesa, os brinquedos-bombas costumam ser colocados do outro lado da fronteira pelas forças de segurança indianas e freqüentemente matam paquistaneses inocentes.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Debatendo a Aids

Líderes religiosos durante abertura do segundo encontro regional para tratar assuntos relacionados à Aids nos países árabes. O encontro, aberto ontem no Cairo, reuniu cerca de 300 líderes e, pela primeira vez, 60 líderes femininas participaram

Foto: Khaled Desouki / AFP -- 07/11/2006

sábado, novembro 04, 2006

Em memória de Anna Politkovskaia

Anna Politkovskaya foi morta a tiros em Moscou


Leia em português:

* Um Diário Russo - Anna Politkovkaia - Ed. Rocco

* A Explosão da Rússia - Alexander Litvinenko e Yuri Felshtinsky - Ed. Record

* Morte de um Dissidente - Marina Litvinenko e Alex Goldfarb - Ed. Cia. das Letras

Documentário de Jarecki

Razões para a Guerra
Titulo Original: Why We Fight
Gênero: Documentário
Duração: 98 min.
País: EUA
Ano: 2006

Polêmico documentário que revela uma visão sobre a política de guerra norte-americana ao apresentar fatos que argumentam a necessidade do país estar sempre se preparando para uma batalha e estar sempre travando alguma guerra ao redor do mundo. O filme foi produzido em meio à segunda invasão norte-americana ao Iraque sob o governo de George W. Bush. O filme começa com o discurso do presidente Dwight D. Eisenhower, em 1961, alertando o povo quanto ao crescimento do armamento. Depois disso, o diretor faz entrevistas com soldados, congressistas, informantes militares, intelectuais e muitos outros personagens para fazer uma analise fria e bastante consistente sobre a necessidade do governo norte-americano de travar guerras. Uma produção fundamental para se entender os dias de hoje.

Direção e roteiro de Eugene Jarecki.

Fonte: Cineminha.com.br

Expo de Botero

Botero expõe obras sobre Abu Ghraib em Nova York
da Ansa, em Bogotá

O pintor colombiano Fernando Botero, 74, disse ter recebido muitas críticas por sua exposição em Nova York que reúne 45 quadros inspirados nos abusos e maus-tratos cometidos por soldados americanos na prisão iraquiana de Abu Ghraib. A mostra foi aberta em 18 de outubro e vai até 18 de novembro."

A exposição recebeu muitas críticas e comentários, nem todos favoráveis, mas eu estou acostumado com isso, pois minha obra é polêmica", afirmou o pintor. Botero relatou que diversas pessoas foram à galeria Marlborough, onde expõe sua coleção, para dizer que a exposição é "anti-americana" e que "é inacreditável" que a mostra esteja em Nova York.

"Dizer a verdade não é ser anti-americano. Senão, o jornal 'New York Times', a revista 'Time' e todos os jornais que denunciaram isso são anti-americanos. É preciso dizer a verdade e ter liberdade de expressão", declarou o artista colombiano.

Segundo Botero, o mal-estar chegou a tal ponto que um colecionador americano o informou que iria "vender imediatamente" três quadros do artista que estão em seu acervo particular. A coleção sobre Abu Ghraib foi apresentada no ano passado, sem maiores problemas, no Palácio Veneza de Roma e no museu Wurth de Kunszelsau, na Alemanha.

Parceria

Botero informou que visitará a Colômbia nos próximos dias para assinar um quadro intitulado "Festa Nacional", pintado em conjunto com o presidente Álvaro Uribe para uma causa beneficente.

O quadro, que já está em Bogotá e será concluído por Uribe, faz parte das 32 obras pintadas por artistas colombianos e autoridades públicas para arrecadar fundos para as viúvas de militares mortos em combates.

"Estou muito contente de ter participado disso, muito honrado que o presidente tenha desejado fazer esse quadro comigo e sobretudo muito satisfeito que o dinheiro da venda de todas essas obras vá para as viúvas", disse Botero.

O artista estimou que o quadro pintado com Uribe seja vendido por um preço inicial de cerca de US$ 450 mil. Ele já entrou em contato com colecionadores internacionais para que ofereçam um preço maior.

A obra de Botero e Uribe será exposta no Clube El Nogal de Bogotá, entre 30 de outubro e 9 de novembro, quando será leiloada com as outras obras.

Livro de Jimmy Massey

Livro de ex-marine denuncia violência dos EUA no Iraque
da Folha Online

A brutalidade sem limites é uma prática habitual das tropas americanas no Iraque devido a um treinamento militar que converte os soldados em seres insensíveis, sustenta o ex-marine Jimmy Massey em um livro lançado na França nesta quinta-feira.

"Kill!, Kill!, Kill!" ("Mate, Mate, Mate!") foi escrito em francês e será comercializado por enquanto apenas no país europeu. Uma versão em espanhol está prevista para 2006.

O autor confessou que não encontrou um editor americano que ousasse publicar o seu testemunho demolidor sobre o exército americano.

A jornalista francesa que ajudou Massey a escrever o livro, Natasha Saulnier, disse acreditar que as empresas norte-americanas estão relutantes em tocar o texto por causa da sua controversa e natural ameaça aos interesses comerciais e à imagem das forças dos Estados Unidos no mundo e internamente.

No livro, o ex-sargento denuncia que as tropas do seu país mataram desde março de 2003, quando começou a ofensiva no Iraque, dezenas de civis desarmados devido a uma percepção exagerada de perigo.

Segundo ele, ao cometer esses crimes, os soldados pareciam sentir uma excitação "quase sexual". Massey, que saiu do Iraque em maio de 2003, escreveu o livro depois de abandonar o exército definitivamente devido ao estresse pós-traumático.

"A experiência de escrever me ajudou a cicatrizar [a ferida]. Permito-me fechar um capítulo e responder a muitas perguntas", explicou.

Desarmados

No livro, por exemplo, o ex-sargento conta que ele e um grupo de marines se dirigiam a Bagdá quando dez iraquianos iniciaram um protesto e começaram a gritar frases contra os Estados Unidos.

Os soldados acreditaram ter ouvido um disparo e abriram fogo sem pestanejar contra os manifestantes. "Mataram a maioria antes de se darem conta de que ninguém estava armado", lamentou.

Esse é só um capítulo que Massey recorda em seu livro, cheio de histórias sobre civis desarmados que foram mortos por não parar seu automóvel em um posto de controle qualquer.

De acordo com o ex-sargento, o governo do presidente republicano George W. Bush tem responsabilidade sobre o que acontece nesses locais. "No geral, nós temos de olhar para a administração Bush e sua responsabilidade nas atrocidades e mortes nos postos de controle", frisou.

Massey contou ainda que falou para um oficial, certa vez, que a campanha americana se assemelha a um genocídio e que o objetivo do seu país no Iraque seria apenas petróleo e lucro.

Para o ex-sargento, essa violência corriqueira, da qual ele próprio participou, é o resultado de um treinamento de combate aprovado nas altas esferas do exército americano.

As revelações sobre os maus-tratos aos prisioneiros iraquianos, por parte dos soldados americanos na prisão de Abu Ghraib e em outros lugares, são sintomas do problema que existe nas tropas, segundo o autor do livro.

Os discursos militares fazem com que os soldados percebam todo mundo como terrorista em potencial. "Esses [militares] provocam o medo e o pânico nos marines", assegura no livro Jimmy Massey.